Os selvagens índios da tribo Tupinambás foram os primeiros habitantes de
Conde em terras que os jesuítas haviam adquirido através da concessão de Garcia
D’ávila, em 1650. Colonos portugueses e outros, atraídos pela fertilidade das
terras, fizeram residência no local onde se criava o então povoado de Itapicuru
de Baixo. Em 1702, foi elevado à categoria de Freguesia com a construção da
Igreja de Nossa Senhora do Monte de Itapicuru da Praia. Em 17 de dezembro de
1806, através de requerimento assinado pelo povo, foi elevada a Vila pelo
ouvidor Navarro, com a denominação de Conde, em cumprimento à ordem do “Conde
dos Arcos” de cujo título surgiu a denominação. Assim, o município da Vila do
Conde teve os seus órgãos competentes criados e passou por diversas fases de
desenvolvimento alcançando a República e aderindo a ela. Até 1912, a sede da
Vila e município permaneceu no mesmo local de sua criação. Porém, uma enorme
enchente do rio Itapicuru que corta até hoje a cidade, destruiu e devastou a
sua economia. Em 10 de junho do mesmo ano, a sede do município, por força da
Lei Estadual Nº 889 foi transferida para o Arraial de Esplanada. Passaram-se
alguns anos e o povo do Conde tomou consciência do absurdo dessa submissão,
visto que a frente econômica maior era do Conde e Esplanada usufruiu de todos
os direitos. Depois de muita luta e até mesmo levante que resultou na morte do
condense Minervino do Carmo, o município de Conde foi considerado como
território desmembrado e livre de Esplanada. Quando o Conde era subordinado a
Esplanada o seu primeiro Intendente foi o Coronel Joaquim Macêdo (Quimquim)
ceceado em Esplanada. O Dr. Alcides Brito queria se reeleger mais não admitia a
independência de Conde. O movimento emancipacionista cresceu através de figuras
como o Sr. Lamberto Pinto que se incumbira de preparar o documento oficial.
Outro líder importante foi o alfaiate Minervino do Carmo que junto a Rodolfo
Lins, da histórica fazenda São Bento, Antônio Castro, Alímpio Costa, Euclides
Valença, entre outros, conseguiram tornar o Conde livre. Na ocasião o
governador da Bahia, Juraci Magalhães, por intermédio do jornalista e deputado
Dr. Altamirando Requião, nomeou Hermógenes Gomes Nascimento como primeiro
prefeito de Conde. Daí então o fato do Sr. Alcides Brito, contragosto, ter sido
obrigado a confirmar a emancipação e com a morte de Minervino do Carmo, o Conde
foi desmembrado de Esplanada em 10 de agosto de 1935. O município está
localizado no Litoral Norte da Bahia e é banhado em toda a sua extensão pelo
Oceano Atlântico. O Conde limita-se ao Norte com Jandaíra e Rio Real; ao Sul,
com o Rio Inhambupe; ao Leste com o Oceano Atlântico e ao Oeste com Esplanada.
A cidade tem uma distância de Salvador, em linha reta, de 151Km e pela BR-101
de 203Km. A população atual é de aproximadamente de 23.576 habitantes e sua
base econômica principal é o turismo, a cultura do coco da Bahia e a pecuária.
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